sábado, 26 de setembro de 2009

Tristeza e poesia

Nada melhor que a poesia
Para dar voz à tristeza
Pois, se da tristeza pode nascer poesia
Na poesia morre a tristeza

Não quero dizer que poesia mata a tristeza
Se assim o fosse, todos buscariam ser poetas
O que ocorre é que falar da tristeza em poesia
Torna a tristeza bela

E essa beleza que fascina e encanta
Desvia atenção do que entristeceu
E nem se dá conta que tamanha beleza,
Na verdade, da tristeza nasceu.

Luciano L. Borges

sexta-feira, 25 de setembro de 2009


"Começar a pensar é começar a ser minado."

Albert Camus

sábado, 12 de setembro de 2009

Do padecer


“É muitíssimo mais fácil sofrer na obediência a alguma ordem humana do que sofrer na liberdade de uma ação responsável. É muitíssimo mais fácil sofrer em comunidade do que na solidão. É muitíssimo mais fácil sofrer em público e sob honras do que às escondidas e em desonra. É muitíssimo mais fácil sofrer pelo sacrifício da vida material do que pelo espírito. Cristo sofreu na solidão, isolado e em vergonha na carne como no espírito, e desde então muitos cristãos sofrem com Ele o mesmo”.

Dietrich Bonhoeffer

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

O Evangelho puro e simples


Há poucos dias terminei a leitura do livro “O Evangelho Maltrapilho” de Brennan Manning. Confesso que iniciei a leitura na expectativa de não chegar ao fim, o tédio de uma leitura superficial me obrigaria a desistir pelo meio. Enganei-me. O Evangelho Maltrapilho é um daqueles livros que mexem de maneira tão profunda conosco a ponto de tornar-se um divisor de águas em nossas vidas. Um pequeno trecho:

“O evangelho maltrapilho foi escrito com um público leitor específico em mente. Este livro não é para os superespirituais. Não é para os cristãos musculosos que têm John Wayne como herói, e não a Jesus. Não é para acadêmicos que aprisionam Jesus na torre de marfim da exegese. Não é para gente barulhenta e bonachona que manipula o cristianismo a ponto de torná-lo um simples apelo ao emocionalismo. Não é para os místicos de capuz que querem mágica na sua religião. Não é para os cristãos "aleluia", que vivem apenas no alto da montanha e nunca visitaram o vale da desolação. Não é para os destemidos que nunca derramaram lágrimas. Não é para os zelotes ardentes que se gabam com o jovem rico dos Evangelhos: "Guardo todos esses mandamentos desde a minha juventude". Não é para os complacentes, que ostentam sobre os ombros um sacolão de honras, diplomas e boas obras, crendo que efetivamente chegaram lá. Não é para os legalistas, que preferem entregar o controle da alma a regras a viver em união com Jesus.
O evangelho maltrapilho foi escrito para os dilapidados, os derrotados e os exauridos. Ele é para os sobrecarregados que vivem ainda mudando o peso da mala pesada de uma mão para a outra. E para os vacilantes e de joelhos fracos, que sabem que não se bastam de forma alguma e são orgulhosos demais para aceitar a esmola da graça admirável. É para os discípulos inconsistentes e instáveis cuja azeitona vive caindo para fora da empada. É para homens e mulheres pobres, fracos e pecaminosos com falhas hereditárias e alentos limitados. É para os vasos de barro que arrastam pés de argila. É para os recurvados e contundidos que sentem que sua vida é um grave desapontamento para Deus. É para gente inteligente que sabe que é estúpida, e para discípulos honestos que admitem que são canalhas. O evangelho maltrapilho é um livro que escrevi para mim mesmo e para quem quer que tenha ficado cansado e desencorajado ao longo do Caminho”.
Boa leitura.

Luciano L. Borges

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

O novo nascimento e o mundo


"Os que nasceram de novo no Espírito vivem na esperança da vida na glória universal. Entretanto, vivem no mundo, com o mundo e para o mundo, teatro da futura glória de Deus"


Jurgen Moltmann