sábado, 25 de setembro de 2010

Diga-me com quem andas...


Desde a meninice aprendemos ser criteriosos na escolha daqueles que formam nosso círculo de amizade, pois as más companhias não são boa opção para pessoas de bem. Embora já bem crescido, quando cheguei a igreja aprendi que deveria abandonar os antigos amigos e renovar meu rol de amizade, pelo motivo que aqueles pertenciam a uma realidade que não era mais a minha, o mundo. Assim, considerando a importância da escolha daqueles que caminham ao nosso lado decidi que:
Não quero andar com pessoas perfeitas, que tenham um alto grau de santidade e que alardeiam para todos suas conquistas morais e espirituais; tais pessoas são extremamente duras com os trôpegos e não poucas vezes medem os outros com um metro injusto e desonesto Não quero andar com pessoas legalistas, que entendem que o único objetivo da vida é obedecer à regras preestabelecidas e inquestionáveis; essas pessoas entendem a vida de modo muito estreito e muitas vezes colocam sobre os ombros dos outros fardos que elas mesma não estão dispostas a carregar. Não quero andar com os fortes, bravos, e inquebrantáveis, pois seu vigor me fará sentir vergonha quando quiser chorar e me deixará acanhado quando sentir a vontade de explodir em risos.
Então, com quem quero andar? Quero andar com gente; gente de carne e osso que sabe que a vida é vivida numa corda bamba, que um pequeno deslize é suficiente para nos esborracharmos no chão, assim não há lugar para a vaidade egoísta. Quero andar com pessoas que nem sempre acertam o alvo e que tem aureola torta, mas perseveram pela estrada da vida, totalmente despidas de soberba. Quero andar com fracos, medrosos e com os que sabem que não chegarão lá com suas próprias forças, e justamente por isso não vivem na neurose de ter que dar certo.
Lembro-me de um ditado popular que diz: “Diga-me com quem andas e direi quem tu és”.

Luciano

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