sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Porque somos tão "infelizes"?


Por não perseverarmos no certo;
Por não aprendermos com nossos erros;
Por tomarmos outros como parâmetro de felicidade;
Por nunca conseguirmos parar para ver um pôr-do-sol;
Por não nos contentarmos nem com pouco nem com muito;
Por não percebermos nas mínimas coisas as grandes dádivas;
Por nos iludirmos com a possibilidade de uma felicidade pura;
Por gastarmos nosso tempo construindo mais muros que pontes;
Por nos faltar tempo para visitar orfanatos, hospitais e até mesmo velórios;
Por não compreendermos nosso lugar nem o lugar de Deus em nossa vida;
Por não aprendermos a lidar com nossos dissabores com a firmeza de um adulto;
Por termos a habilidade de transformar nossos romances em dramas e nossas comédias em suspense;
Por estarmos demasiadamente preocupados conosco e não vermos que há pessoas que precisam de nós;
Por nos esquecermos do texto que diz: “Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo propósito debaixo do céu: há tempo de nascer e tempo de morrer; tempo de plantar e tempo de arrancar o que se plantou; tempo de matar e tempo de curar; tempo de derribar e tempo de edificar; tempo de chorar e tempo de rir; tempo de prantear e tempo de saltar de alegria; tempo de espalhar pedras e tempo de ajuntar pedras; tempo de abraçar e tempo de afastar-se de abraçar; tempo de buscar e tempo de perder; tempo de guardar e tempo de deitar fora; tempo de rasgar e tempo de coser; tempo de estar calado e tempo de falar; tempo de amar e tempo de aborrecer; tempo de guerra e tempo de paz”.
Por não entendermos que até a infelicidade tem seu lugar em nossa existência.


Luciano L. Borges

Nenhum comentário: